Oração do Dizimista




ACEITA, SENHOR, COMO MEU DÍZIMO, A MINHA GRATIDÃO. QUERO SER MEMBRO ATIVO DA IGREJA. O SENHOR ME DÁ TANTOS DONS, A COMEÇAR PELA PRÓPRIA VIDA. EU QUERO DEVOLVER EM FORMA DE SERVIÇO, EM FORMA DE OFERTA. ACEITA, SENHOR, O MEU DESEJO DE PARTICIPAR NA MISSÃO DA IGREJA DE SANTIFICAR, DE SER ANÚNCIO DA BOA NOVA DE JESUS, DE TRANSFORMAR O MUNDO PARA SER DE DEUS E DE TODAS AS PESSOAS.
ACEITA, SENHOR, MINHA OFERTA, FRUTO DO MEU TRABALHO E SACRIFÍCIO DE CADA DIA. NÃO QUERO ME OMITIR NEM DAR SÓ UMA ESMOLA.
MARIA, MÃE DE JESUS E NOSSA, DÁ A FORÇA DE PERSEVERAR E DE ANIMAR OUTRAS PESSOAS A SER DIZIMISTAS, A COMPROMETER-SE EFETIVAMENTE COM O REINO DE DEUS. AMÉM.

PARA REFLETIR E REZAR SOBRE O DÍZIMO



1. Mais do que uma colaboração, o dízimo é um gesto de amor, gratidão, fé, partilha e, sobretudo, agradecimento a Deus.
Sabemos que é com esta partilha que a nossa Igreja se mantém viva, já que o dízimo é um gesto que deve partir de nós para devolver a Deus, com fidelidade, uma parte de tudo aquilo que Ele próprio nos dá. Só assim, a comunidade poderá realizar a missão a partir das três dimensões do dízimo: religiosa, social e missionária.
2. O dízimo é a expressão de nossa gratidão a Deus manifestada na oferta de uma parcela de nossos bens. Dízimo é sacrifício, pois exige a renúncia de algo que conquistamos com nosso trabalho.
Dízimo é comunhão: aproxima-nos de Deus e dos irmãos e faz com que não falte o pão na mesa dos menos favorecidos.
3. O dízimo nos educa para a gratidão e para a generosidade. Ele nos leva a abrir os horizontes da nossa mente, a abrir nosso coração e nossas mãos. O Dízimo nos lembra que, além do nosso pequeno mundo, existe uma multidão de irmãos e irmãs, filhos e filhas do mesmo Pai, precisando de nossa solidariedade. O dízimo nos ajuda a reconhecer, por pura gratidão, que tudo recebemos de Deus e nos leva a partilhar uma pequena parte do muito que recebemos.
4. “Deus ama a quem dá com alegria. Poderoso é Deus para cumular-vos com toda a espécie de benefícios, para que, tendo sempre em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda a espécie de boas obras”. (2Cor 9,6-8).
5. Dízimo é administrar os bens de Deus, que são todos os dons que Ele nos dá: a vida, a saúde, a fé, o tempo, os talentos pessoais e os bens materiais para sustentar a nossa vida. Criados à imagem e semelhança de Deus que é Amor, aprendendo com Ele que reparte gratuitamente todos os bens, somos também convidados a repartir os nossos dons. Colocando a serviço de Deus e da sua obra parte do nosso tempo, os nossos talentos e um pouco dos nossos bens materiais, tornamo-nos construtores do Reino de Deus.

REFLEXÕES SOBRE O QUE É O DÍZIMO

- Antes de mais nada, dízimo não é esmola, ofertório ou coleta. Oferecer com espontaneidade, com alegria e regularmente, todos os meses, é dar o maior testemunho de nossa fé e de nossa gratidão. Isso porque manifestamos, por esse gesto, a certeza de que tudo o que ganhamos e recebemos é por graça e amor do Senhor Nosso Pai.
- DEUS é a coisa mais importante em nossas vidas, porque Ele nos dá a vida e nos mantém. Como parte desse louvor, declaramos que devemos tudo a Ele; não somente os bens para o sustento nosso e de nossas famílias, mas também a inteligência e a saúde para assim continuar. O maior pecado, o pai de todos os pecados, é viver afastado de DEUS, não reconhecê-lo em nossos irmãos, achar-nos autossuficientes. Com a oferta espontânea do dízimo, combatemos a vanglória, justamente porque confessamos que, sem a Divina Providência, não somos nada.
Nos planos de DEUS, o homem e a mulher participam como seus aliados. Ele, com todas as coisas do mundo e nós, com o trabalho. E porque esse trabalho só é possível graças aos dons gratuitos de Deus, do fruto desse trabalho, ao final de cada mês, parte retribuímos a Ele, por justiça e como sinal de agradecimento. E isto se chama dízimo.
- Toda oferta é fruto do reconhecimento. O dízimo é fruto da graça. A graça que poucos procuram. A certeza que muitos desejam. O dízimo é, antes de tudo, uma experiência da fé.
- Contribuir com o dízimo é cumprir um preceito bíblico: de viver o amor, a generosidade com os irmãos. Não foi a Igreja que inventou o dízimo. Ele é a resposta do homem e da mulher à bondade e à misericórdia de Deus.
- Contribuir com o dizimo é ajudar a manter e cuidar da Igreja, a casa de oração da comunidade. É com o dinheiro do dízimo que se adquire os objetos sagrados, velas para o altar, as flores, vinho, hóstias, livros, bíblias, sons, folhetos etc., usados na liturgia, bem como os gastos com a manutenção e organização da Igreja (luz, água, telefone, funcionários etc.) e tudo mais que é necessário para celebrar o culto a Deus e viver em comunidade.
- A consagração do dízimo não deve ser feita como uma obrigação imposta, mas sim como reconhecimento de que tudo o que temos e possuímos vem de Deus. Ao conseguirmos algo, é porque Deus quer e permite; é por dom concedido por ele. Todas as coisas pertencem a Deus, mesmo que estejam em poder de determinada pessoa. Essa atitude deve levar cada um de nós à conscientização de que fazemos parte de uma comunidade pela qual cada um de nós é responsável.
- O trabalho missionário do dizimo é uma vocação, um dom mediante o qual se anuncia a palavra e a sabedoria de Deus, a fé, a espiritualidade, o amor, a oração, a partilha, o compromisso, a fidelidade, o companheirismo, a adoração, o testemunho, o reconhecimento, a obediência e o amor da criatura para com o Criador.
- Infelizmente, nem todos - talvez por falta de exercitar a fé, o conhecimento, a vivência da partilha ou questionamentos levianos - entenderam ainda verdadeiramente o sentido do dízimo para a comunidade Igreja e na sua vida. Que o Deus da Paz, na sua infinita bondade e misericórdia, nos capacite a isso.
- Estas são apenas algumas das muitíssimas reflexões possíveis para alimentar a nossa consciência de participar deste Dom de Deus à comunidade cristã. Haveria ainda muitas outras justificativas. Basta agora que reflitamos e rezemos sobre o que é vontade de Deus para nós.
- Aos cristãos dizimistas muita fé e perseverança. Aos que ainda não fizeram essa experiência, que possam ser tocados pelo Espírito Santo e que ele os leve à experiência de partilhar.