- Antes de mais nada,
dízimo não é esmola, ofertório ou coleta. Oferecer com espontaneidade, com
alegria e regularmente, todos os meses, é dar o maior testemunho de nossa fé e
de nossa gratidão. Isso porque manifestamos, por esse gesto, a certeza de que
tudo o que ganhamos e recebemos é por graça e amor do Senhor Nosso Pai.
- DEUS é a coisa mais
importante em nossas vidas, porque Ele nos dá a vida e nos mantém. Como parte
desse louvor, declaramos que devemos tudo a Ele; não somente os bens para o
sustento nosso e de nossas famílias, mas também a inteligência e a saúde para assim
continuar. O maior pecado, o pai de todos os pecados, é viver afastado de DEUS,
não reconhecê-lo em nossos irmãos, achar-nos autossuficientes. Com a oferta
espontânea do dízimo, combatemos a vanglória, justamente porque confessamos
que, sem a Divina Providência, não somos nada.
Nos planos de DEUS, o
homem e a mulher participam como seus aliados. Ele, com todas as coisas do
mundo e nós, com o trabalho. E porque esse trabalho só é possível graças aos
dons gratuitos de Deus, do fruto desse trabalho, ao final de cada mês, parte retribuímos
a Ele, por justiça e como sinal de agradecimento. E isto se chama dízimo.
- Toda oferta é fruto
do reconhecimento. O dízimo é fruto da graça. A graça que poucos procuram. A
certeza que muitos desejam. O dízimo é, antes de tudo, uma experiência da fé.
- Contribuir com o
dízimo é cumprir um preceito bíblico: de viver o amor, a generosidade com os irmãos.
Não foi a Igreja que inventou o dízimo. Ele é a resposta do homem e da mulher à
bondade e à misericórdia de Deus.
- Contribuir com o
dizimo é ajudar a manter e cuidar da Igreja, a casa de oração da comunidade. É
com o dinheiro do dízimo que se adquire os objetos sagrados, velas para o
altar, as flores, vinho, hóstias, livros, bíblias, sons, folhetos etc., usados
na liturgia, bem como os gastos com a manutenção e organização da Igreja (luz,
água, telefone, funcionários etc.) e tudo mais que é necessário para celebrar o
culto a Deus e viver em comunidade.
- A consagração do
dízimo não deve ser feita como uma obrigação imposta, mas sim como reconhecimento
de que tudo o que temos e possuímos vem de Deus. Ao conseguirmos algo, é porque
Deus quer e permite; é por dom concedido por ele. Todas as coisas pertencem a
Deus, mesmo que estejam em poder de determinada pessoa. Essa atitude deve levar
cada um de nós à conscientização de que fazemos parte de uma comunidade pela
qual cada um de nós é responsável.
- O trabalho
missionário do dizimo é uma vocação, um dom mediante o qual se anuncia a
palavra e a sabedoria de Deus, a fé, a espiritualidade, o amor, a oração, a
partilha, o compromisso, a fidelidade, o companheirismo, a adoração, o
testemunho, o reconhecimento, a obediência e o amor da criatura para com o
Criador.
- Infelizmente, nem
todos - talvez por falta de exercitar a fé, o conhecimento, a vivência da
partilha ou questionamentos levianos - entenderam ainda verdadeiramente o
sentido do dízimo para a comunidade Igreja e na sua vida. Que o Deus da Paz, na
sua infinita bondade e misericórdia, nos capacite a isso.
- Estas são apenas
algumas das muitíssimas reflexões possíveis para alimentar a nossa consciência
de participar deste Dom de Deus à comunidade cristã. Haveria ainda muitas outras
justificativas. Basta agora que reflitamos e rezemos sobre o que é vontade de
Deus para nós.
- Aos cristãos
dizimistas muita fé e perseverança. Aos que ainda não fizeram essa experiência,
que possam ser tocados pelo Espírito Santo e que ele os leve à experiência de
partilhar.